Volta às aulas, Alimentação Escolar e a Pandemia

Logo no começo da pandemia, nós falamos sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e os impactos sofridos com a suspensão das aulas na rede pública. No Instagram foi o nosso quinto post. Aqui no blog foi postado no dia 14 de maio de 2020.

Agora que o ano virou e a vacina chegou, ainda teremos que seguir cautelosos e mantendo as medidas de prevenção! Máscaras, higienização correta das mãos e distanciamento adequado entre as pessoas. Mas e as escolas públicas? Devem seguir fechadas ou serem reabertas?

Atuamos na saúde pública e sabemos da precariedade de muitas delas. Mesmo assim, nossa defesa é pela sua reabertura!

Pegando uma parte do texto de opinião publicado pelos pediatras Daniel Becker e Lívia Esteves na Folha de São Paulo: “é preciso que as autoridades públicas —e também a comunidade— iniciem intervenções integradas e enérgicas agora para garantir que as escolas estejam em boas condições estruturais e com equipamento e treinamento adequados para a implementação de protocolos de mitigação. Isso é fundamental à segurança de todos: alunos, famílias, professores e funcionários — que devem ter voz nesse processo”.

É importante lembrar que, apesar de ter sido publicada a Lei nº 13.987/2020 autorizando em caráter excepcional, durante a suspensão das aulas devido à epidemia, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do PNAE aos estudantes das escolas públicas de educação básica, muitos municípios não conseguiram operacionalizar essa ação, deixando seus alunos desassistidos e contribuindo para o aumento da insegurança alimentar e nutricional.

Acreditamos na potência de um bom diagnóstico local – ou seja, das Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, para saber quantas e quais escolas têm condição de serem reabertas. Saber quantos professores e profissionais que apoiam as atividades nas escolas poderão retornar às atividades. Esse seria o primeiro passo para compreender o que se tem e o que se pode fazer para planejar a logística nesses espaços, insumos necessários e sua capacidade máxima: salas de aula, refeitórios, banheiros, pátios.

A volta às aulas significa o acesso à alimentação com comida de verdade para milhares de crianças em todo país. Foi publicado pelo Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) um material para orientar os nutricionistas sobre todos os cuidados sanitários necessários para minimizar o risco de transmissão do coronavírus para comunidade escolar.

Acesse em: https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-area-gestores/covid-19-aulas.